Hipertensão Arterial Sistêmica – HAS

A hipertensão arterial sistêmica popularmente conhecida como pressão alta, é uma doença bastante comum e de fácil caracterização. No entanto ela não gera sintomas!! Para se fazer o diagnóstico de hipertensão, portanto, são necessárias medições repetidas em mais de uma consulta. Adicionalmente o médico pode sugerir aferições domiciliares da pressão ( Medida Residencial da Pressão Arterial – MRPA) em uma quantidade de aferições em horários determinados ou solicitar o exame da MAPA (Medida Ambulatorial da Pressão Arterial) cujo medidor de pressão é anexado ao braço do paciente pelo período de 24 horas.

Segundo as diretrizes brasileiras de hipertensão arterial de 2020, uma pressão arterial normal é uma pressão menor que 130/85 mmHg, sendo uma pressão ótima menor do que 120/80 mmHg.

A chance de receber o diagnóstico de pressão alta aumenta nas seguintes populações: negros, obesos, sedentários, pessoas com elevada ingestão de sal, idosos, uso regular de bebidas alcoólicas, usuários de drogas ilícitas e portadores de apneia do sono.

Todo paciente que recebe o diagnóstico de hipertensão arterial deve iniciar seu tratamento e diligentemente tentar diminuir seu risco cardiovascular global. Doutor o que é risco cardiovascular? O risco cardiovascular é o risco da ocorrência de algum evento cardiovascular – Infarto agudo do miocárdio, Acidente vascular encefálico, insuficiência cardíaca, doenças renais e amputações de membros. Portanto, o tratamento da HAS tem o propósito de reduzir a chance futura de eventos cardiovasculares.

O tratamento da HAS se baseia em dois pilares:

1 – Medicamentos ( farmacológico)
2 – Estilo de vida ( não farmacológico)

O tratamento com medicamentos não é para todos os pacientes; a escolha será feita a partir do nível da pressão arterial, comorbidades, idade, poder aquisitivo e preferências do paciente.

No entanto, nesse texto gostaria de enfatizar que a doença pressão alta tem o potencial de ser controlada apenas com escolhas simples que fazemos no nosso quotidiano. Esse é o tratamento não farmacológico que está ao alcance de todos e deve ser estimulado em todas as consultas como uma ferramenta essencial na terapêutica. Faz parte dele:

– Abandono do tabagismo
– Redução do peso corporal
– Prática de exercícios físicos
– Redução no consumo de sal
– Abordagem de dieta para parar hipertensão ( Dieta “DASH”): aumentar consumo de frutas, hortaliças, laticínios de baixo teor de gordura, cereais integrais e oleaginosas. Redução de carne vermelha, bebidas açucaradas e doces .